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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mulherão



Mulherão é aquela que pega dois ônibus por dia para ir ao trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome. Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 Reais.

Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana. Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento. Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta,que malha,que usa salto alto, meia-calça,ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.

Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos para a natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz. Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.

MULHER MODERNA



Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia nem ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

E quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

E quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.

O LADO BOM DE SER MULHER



O ponto de virada para mim foi quando participei de um programa de saúde da mulher, com uma coach holística. Neste momento aprendi sobre como alimentar meu corpo de mulher para harmonizar meus hormônios e meu ciclo menstrual e reverter condições como TPM, ovário policístico, acne, dificuldades com o peso e falta de energia. Também aprendi sobre como usar meus ciclos a meu favor nos relacionamentos, no trabalho e nas atividades físicas, além do impacto no corpo e mente das crenças limitantes herdadas da família e da sociedade na nossa percepção do feminino como frágil, menor, errado.
Foi então que, com o apoio da coach, pude finalmente honrar e usar a energia feminina na minha vida com consciência. Percebi que a chave para ser plenamente mulher reside em convidar a sabedoria natural do corpo e das práticas tradicionais ancestrais femininas para nos apoiar a viver os desafios do mundo contemporâneo. É aí que reside a nossa força, nosso poder, nossa assertividade.
Sinceramente acho que hoje em dia, para ser uma mulher moderna, de sucesso, com saúde e feliz, não posso abrir mão desses preciosos tesouros. Foram eles que me ensinaram que menstruar é uma grande alegria, que as mudanças de humor são um instrumento útil, me fazendo saber que sou eu quem determino como ajo diante das circunstâncias da vida, e que tenho uma capacidade de compaixão que jamais imaginei experimentar nesta existência. E ao mesmo tempo ainda me acho linda exatamente como sou, e me divirto com flores cor-de-rosa, máscara para cílios e vestidos rodados.

NÃO ABRA MÃO DE SUA ESSÊNCIA FEMININA



Em pleno século XXI, numa sociedade ocidental desenvolvida, não esperávamos ainda ter que passar por tudo isso, e ver a mulher ser resumida a um monte de coisas superficiais sobre aparência. Sei que muito cedo em minha vida decidi que se agisse como mulher seria massacrada - o que me levou a um caminho de carreira em um ambiente bem masculino em que, por mais que eu tentasse parecer casca grossa sempre de calças compridas, ficava bem evidente que eu estava negando completamente minha essência de mulher. Meu drama de profissional de sucesso no mundo corporativo um dia ficou evidente: como ser feliz e realizada como mulher, em um ambiente e sociedade de valores basicamente masculinos? Era uma típica situação "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Até que me dei conta da terceira opção: "se enfrentar, o bicho some".
Não tentei mudar o status quo da empresa e do mundo corporativo, nem criticar o que as mulheres fazem ou deixam de fazer sobre isso, ou vociferar sobre direito das minorias e as novas leis. Escolhi usar os melhores acessórios que as mulheres já têm desde que nascem, e que parecem bem fora de moda nos dias de hoje: a capacidade de introspecção para avaliar minha situação, minha intuição para saber para onde devo ir, e minha habilidade de viver em comunidade e buscar e dar suporte umas às outras.

DESCOBRINDO O PRAZER DE SER MULHER







Você gosta de ser mulher? Lembro-me bem do impacto que esta pergunta teve em mim, quando ao final de uma tarde com diversas adolescentes de 11 a 13 anos - conversando sobre menstruação, hormônios e emoções - uma das meninas lançou esta questão que tocou bem no fundo do meu ser. Segundos depois disso, parece que toda a minha jornada como mulher passou em frente dos meus olhos. Eu sabia a resposta. E eu mesma parecia espantada com ela.
Mas ao invés de revelar a resposta, escolhi devolver a pergunta à menina, questionando o que ela achava que eu iria responder. Nos minutos que antecederam este momento, as garotas compartilharam as suas impressões sobre o assunto, suas experiências e as das suas mães, irmãs e amigas. O que eu ouvia era um festival de reclamações: "menstruar é muito ruim e incômodo", "mulher trabalha fora e depois ainda também tem que fazer tudo em casa", "mulher sofre com violência e desrespeito", "as mudanças de humor nos deixam (e aos outros) loucas", etc.
Também ouvi que existem muitas coisas divertidas em ser mulher, como o gosto por roupas, acessórios, maquiagem e esmaltes. Mas o que mais me marcou foi o fato de que muitas delas, se pudessem escolher, não seriam mulheres. Não me espantei. Eu entendia perfeitamente seus pontos de vista. Eu sofri muito com minha menstruação e meus rompantes de humor, eu senti na pele a recriminação pela minha forma de expressar minhas emoções e o desrespeito de colegas no ambiente de trabalho sobre minhas capacidades, assim como testemunhei ao meu redor a violência verbal, física e sexual, além dos desafios enfrentados pelas mulheres que têm uma jornada dupla de trabalho.