comida gera em nosso corpo. "Quando comemos, produzimos calor para a transformação e a digestão dos alimentos, o que nos dá uma sensação de conforto térmico". Mas isso não tem a ver com a necessidade de reposição de energia. A nutricionista explica que não basta nos aquecermos somente de fora pra dentro. Por mais que nos agasalhemos bem, sentimos necessidade de gerar calor de dentro para fora. E acabamos buscando isso nos alimentos. "Muitas vezes nem estamos com fome, mas procuramos ingerir bebidas e alimentos quentes para nos sentirmos aquecidos", acrescenta.
Outra tendência que temos no inverno é a de comer alimentos mais calóricos e ricos em gordura. "Provavelmente isso está ligado a questões culturais, pois em outras épocas a estação do frio estava relacionada à escassez de alimentos. Não era possível armazenar verduras e frutas, então a ideia era utilizar os alimentos disponíveis. E o que as culturas antigas conseguiam fazer era matar animais e conservar sua carne em sal, guardando-a para o inverno. Isso foi ficando como herança cultural, passando de geração para geração", explica Monica. Além disso, no frio, acabamos dando preferência às preparações culinárias quentes, que, em geral, são à base de alimentos mais ricos em gordura. "Quase sempre optamos por sopas mais elaboradas e calóricas, fondues ou carnes com molhos quentes, deixando de lado as saladas e as frutas". No entanto, se isso passar a ser um hábito, pode ameaçar seriamente a saúde do nosso corpo. "O exagero na ingestão de alimentos ricos em gordura pode provocar aumento no nível de colesterol, e pratos mais salgados ou mais temperados podem levar a uma elevação na pressão arterial", alerta a nutricionista.
Para evitar o desequilíbrio na alimentação, Monica dá algumas dicas para que continuemos ingerindo frutas e verduras durante o inverno. "Podemos preparar caldos com verduras, assar frutas com pouca água - sem jogá-la fora na hora de consumir, senão os nutrientes vão embora - e jogar canela por cima ou ainda fazer saladas com legumes quentes".