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sábado, 12 de março de 2016

Cérebro masculino ou feminino?

O sexo do cérebro é determinado pela quantidade de testosterona [hormônio masculino] a que o feto fica exposto no útero. Em geral, homens recebem doses maiores do que as mulheres. Mas isso varia e nós ainda não sabemos exatamente por quê. (…)
Durante o desenvolvimento dos seres humanos, como homem era o caçador, desenvolveu um cérebro com habilidades manuais, visuais e coordenação para construir ferramentas. Por isso, um cérebro masculino tem mais habilidades funcionais.
Já as mulheres preparavam os alimentos e cuidavam dos mais novos. Elas tinham que entender os bebês, ler sua linguagem corporal e ajudá-los a sobreviver. Elas também tinham que se relacionar com as outras mulheres do grupo e dependiam disso para sobreviver na comunidade e, por isso, desenvolveram um cérebro mais social. Os homens, por sua vez, lidavam com um grupo de caçadores, não precisavam tanto um do outro e se comunicavam menos, apenas com sinais. 

Chamou-me atenção em especial uma outra afirmação da pesquisadora.  Moir acredita que a diferença de sexo entre cérebro e corpo pode estar ligada às causas do homossexualismo. Ela afirma que

“se a concentração de testosterona no útero está mais baixa do que o padrão para os homens, então o ‘centro sexual’ do cérebro será feminino e esse homem sentirá atração por outros homens. Se a concentração desse hormônio estiver alta, o ‘centro sexual’ será masculino e ele sentirá atração por mulheres”.

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Mieloma múltiplo

O que é?

O mieloma múltiplo (MM) é uma doença maligna clonal do plasmócito, uma célula da medula óssea que é a célula terminal de diferenciação da linhagem dos linfócitos B. O plasmócito,cuja produção e crescimento desordenados estão na gênese das manifestações do MM, é, pois, um linfócito B num estádio avançado de desenvolvimento e maturação em que está programado para a produção de imunoglobulinas (anticorpos) que exercem uma função vital na defesa do organismo contra agentes infecciosos externos.

Quais são os mecanismos da doença?


 Os plasmócitos malignos sintetizam grandes quantidades de proteínas monoclonais (paraproteínas M), e infiltram certos tecidos do organismo, nomeadamente a medula óssea e os ossos. A invasão maciça da medula óssea interfere com a produção das células normais do sangue, produzindo um déficit de glóbulos vermelhos (anemia), de glóbulos brancos (leucopenia), e de plaquetas (trombocitopenia). Nos ossos, os plasmócitos formam tumores osteolíticos com destruição óssea, responsáveis por significativa morbilidade, incluindo fracturas espontâneas, dores crônicas e, ocasionalmente, fracturas de compressão da coluna vertebral com sequelas neurológicas potencialmente irreversíveis (e.g., paraplegias). Os rins são afetados em 50% dos doentes. As causas são múltiplas. A principal é o chamado "rim de mieloma", em que os túbulos renais estão obstruídos por coleções (cilindros) de uma proteína, a proteína de Beice Jones, que é um fragmento das imunoglobulinas.
Causas adicionais incluem factores metabólicos como a hipercalcemia (excesso de cálcio), e a hiperuricemia (excesso de ácido úrico). Em casos avançados, uma complicação do MM chamada amiloidose pode produzir uma lesão glomerular (glomerulopatia). Como consequência de todos estes insultos, síndromas de falência renal aguda e insuficiência renal crônica são frequentes e contribuem para a morbilidade e mortalidade associadas com o MM. A produção deficitária de anticorpos é responsável por um aumentado risco de infecções, especialmente bacterianas, que constituem uma das principais causas de morte.

Finalmente, a excessiva circulação plasmática das paraproteínas M origina uma hiper viscosidade plasmática que pode ser sintomática (hemorragias orais e nasais, perturbações da visão, sinais neurológicos e insuficiência cardíaca congestiva), e que necessita de tratamento de emergência. Cerca de 5% das doenças malignas dos plasmócitos apresentam-se como tumores (plasmacitomas) isolados e localizados nos ossos ou tecidos extramedulares (seios paranasais, faringe, gânglios linfáticos), na ausência de outros sinais clínicos de MM. A transformação para o estádio de doença generalizada (MM) ocorre em 75% dos casos de plasmacitoma ósseo e em 5-10% dos casos de plasmacitomas extramedulares, o que obriga a uma vigilância prolongada. A maior parte das transformações ocorre nos primeiros 3-5 anos, e são raras após 10 anos de evolução.

Quem é atingido?

 O MM representa 1% de todos os cancros diagnosticados, e 15% de todas as doenças malignas hematológicas. O pico de incidência é na 7ª década de vida e menos de 10% dos doentes têm menos de 50 anos de idade. É, pois, uma doença predominantemente de pessoas idosas. É duas vezes mais frequente em indivíduos de raça negra emigrados na Europa ou Estados Unidos, em comparação com a população branca autóctone.

Quais são as causas?


 
A causa do MM é desconhecida. Em alguns casos, factores como a exposição às radiações, a toxinas industriais ou usadas na agricultura (pesticidas), e elementos genéticos podem desempenhar um papel na patogênese da doença.

Como prevenir?Não existe nenhum método efetivo de prevenção ou de diagnóstico precoce.


Como se manifesta?

Dores ósseas,especialmente na coluna e tórax, estão inicialmente presentes em mais de 2/3 dos doentes. Fraqueza e fadiga são comuns, secundárias a uma anemia. Em presença de uma insuficiência renal, os doentes queixam-se de anorexia, náuseas e vómitos. O envolvimento neurológico inclui radiculopatias sensoriais e síndromas de compressão da medula ou da cauda equina que podem conduzir a paralisias. A infiltração meníngea é rara. Infecções bacterianas ou víricas (e.g., herpes zoster) são frequentes. Hemorragias podem ocorrer secundárias a trombocitopenias, anomalias qualitativas da função plaquetária ou inibição de certos factores da coagulação. O fígado é palpável em cerca de 20% dos doentes e o baço em 5%.


Quais os exames auxiliares e como é feito o diagnóstico?

2/3 dos doentes apresentam uma anemia moderada. A electroforese das proteínas séricas é um exame fundamental. O exame mostra um pico elevado na zona das gama globulinas em 80% dos doentes. Uma proteína monoclonal (paraproteína M), produto da síntese e secreção das células malignas, é detectada no soro de 90% dos doentes. Raramente, existem MM não-secretores, em que a paraproteína M não é detectável. O exame da urina mostra a presença de proteínas de Bence Jones e ajuda a confirmar o diagnóstico. O Rx dos ossos mostra lesões líticas, hipodensas, bem delimitadas, osteoporose ou fracturas em cerca de 75% dos doentes. O scan radioisotópico do esqueleto é inferior ao Rx convencional na detecção de lesões do mieloma. A presença de sinais neurológicos sugestivos de compressão da medula obriga à realização de uma ressonância nuclear magnética da coluna vertebral, de emergência. A biópsia da medula óssea típicamente mostra uma infiltração difusa de plasmócitos, alguns dos quais são células anormais, gigantes, multinucleadas e imaturas. O diagnóstico depende da presença de critérios mínimos: Presença de, pelo menos, 10% de plasmócitos anormais e imaturos na medula óssea, as usuais manifestações clínicas de MM e, pelo menos, uma das seguintes anormalidades: Uma paraproteína no soro (geralmente mais de 3 gm/dl), paraproteína M na urina ou lesões osteolíticas.


A quimioterapia é a principal modalidade terapêutica. A cirurgia e a radioterapia têm um papel limitado. Doentes com MM não progressivos, em estádios iniciais e assintomáticos, não necessitam de tratamento, só vigilância apertada. O tratamento "standard" consiste na combinação de um agente citostático (melphalan oral) com prednisona. A quimioterapia deve manter-se até que a doença atinja uma fase estável, sem evidência de progressão. A quimioterapia deve ser reinstituida quando a doença entra em relapso. No entanto, a duração e qualidade das respostas são inferiores à resposta inicial. Outros regimes mais complexos e mais tóxicos (e.g., M2, VAD) podem ser inicialmente usados em doentes de alto risco, com doença avançada, e bom estado geral.

Eventualmente, a doença torna-se resistente à quimioterapia convencional. Nesta situação, o único tratamento que oferece uma esperança razoável de controlo prolongado do MM é o transplante de medula óssea. O transplante de medula óssea alogeneico exige um dador compatível, está associado a uma alta mortalidade de 25-35% durante os primeiros 100 dias após o transplante, e só pode ser usado em doentes com menos de 55 anos de idade e muito bom estado geral. O transplante autólogo de medula óssea ou de células "stem" do sangue periférico (auto transplante) não requer um dador e a idade limite de aplicação é de 65 anos. A mortalidade é de apenas 3-5%. A taxa de remissão é superior à da quimioterapia convencional, mas continua a haver uma substancial taxa de relapso.

O consenso atual é que, em doentes com bom estado geral e boa função renal, o transplante autólogo de medula óssea ou células \"stem\" oferece melhores possibilidades de controlo prolongado do MM do que as doses convencionais de quimioterapia. Os plasmacitomas solitários dos ossos e plasmacitomas extramedulares devem ser tratados com radioterapia local. Para além da terapêutica primária do mieloma múltiplo, as complicações da doença podem ser fonte significativa de morbilidade e diminuição da qualidade de vida dos doentes, e devem ser agressivamente tratadas. As infecções devem ser tratadas com antibióticos de largo espectro.

Devido à deficiente produção de anticorpos, os doentes devem receber injeções mensais de imunoglobulinas, por via endovenosa, após o primeiro episódio de infecção. A falência renal deve ser prevenida, através do tratamento dos factores de risco, como a doença primária, desidratação, infecções, hipercalcemia, antibióticos nefrotóxicos, meios de contraste radiográficos. Na falência renal aguda, a plasmaférese (remoção de paraproteínas M do plasma) pode ser útil. As lesões ósseas destrutivas tratam-se com analgésicos, suportes ortopédicos, fixação interna de fracturas dos ossos longos e radioterapia local.

Recentemente, agentes inibidores da reabsorção óssea (pamidronato e outros difosfatos) têm sido usados com resultados preliminares encorajantes. O síndroma de hiper viscosidade, secundário a concentrações elevadas de paraproteína M no plasma, é incomum. A plasmaférese é o tratamento de eleição.

Praticar ioga reduz níveis de substância inflamatória


Os benefícios da prática do ioga são extensíssimos, abrangendo as dimensões física, mental e espiritual do homem. Num estudo recente, investigadores da Ohio State University, nos EUA, confirmaram cientificamente o poder desta prática milenar na redução de uma substância desencadeada pelo stress e que está implicada no aparecimento de variadas doenças do foro cardiovascular e oncológico.

Neste estudo, publicado na revista “Psychosomatic Medicine”, os investigadores dão nota de uma análise realizada junto de 50 mulheres com uma média de idades a rondar os 41 anos. Os autores verificaram que a prática regular de ioga estava associada a níveis menores de interleucina-6 (IL-6), uma citocina relacionada com os processos inflamatórios que conduzem a doenças cardíacas, diabetes e patologias oncológicas.

Para o estudo, as voluntárias foram divididas em dois grupos: as “experientes”, que já praticavam ioga há pelo menos dois anos, duas vezes por semana, e as “iniciadas” que gostariam de ter aulas mas que apenas tinham experimentado em casa com a ajuda de um DVD.

Antes de iniciarem as sessões de ioga – três ao todo – no centro de investigação clínica da Universidade, as mulheres foram submetidas a um questionário psicológico (para aferir o humor e os níveis de ansiedade) e foi-lhes retirado sangue para análise.
 
A primeira recolha de sangue destinava-se a avaliar os níveis de stress e de IL-6. Mas, ao longo da avaliação, foram-lhes retiradas pequenas amostras de sangue, através de um cateter deixado debaixo de uma veia, com o intuito de analisar os níveis da substância ao longo da experiência.

As participantes foram, então, convidadas a realizar várias tarefas tendo em vista aumentar os seus níveis de stress. Os testes incluíam colocar os pés em água gelada, a cada minuto, e realizar operações matemáticas de cabeça.

Para aferir o efeito das atividades físicas sobre o grau de stress, as voluntárias eram divididas em três grupos: um grupo realizava exercícios de ioga, um outro fazia exercício de caminhada num tapete rolante e o último relaxava vendo filmes.

Após os testes, os cientistas verificaram que as participantes iniciadas na prática de exercício apresentaram níveis de I.L-6 41% superiores aos das participantes experientes.

Segundo explicou um dos membros da investigação, Kiecolt-Glaser, as mulheres com mais tempo de prática de ioga iniciaram o estudo apresentando níveis mais baixos de inflamação e, ao longo da experiência, também responderam melhor às situações de stress.
 
Dado que o ioga é composto por práticas respiratórias e movimentos corporais, os cientistas não foram capazes de identificar qual componente atua na redução do stress bioquímico do corpo.

Ron Glaser, co-autor desta investigação e professor de virologia molecular, imunologia e genética, adiantou que o estudo tem algumas implicações bastante claras para a saúde. "Sabemos que a inflamação desempenha um papel importante em muitas doenças e o ioga parece ser uma maneira simples e agradável de reduzir os riscos de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e outras patologias".

Bill Malarkey, professor de medicina interna e também co-autor do estudo, explicou que, com o envelhecimento e a inatividade, os músculos encolhem e “o que o ioga provoca é um aumento de flexibilidade e de relaxamento, dois factores que diminuem o stress”.

Malarkey vê a prática regular de ioga ou de outro exercício físico como uma possível solução para a atual crise da saúde. "As pessoas precisam ser educadas para assumirem a responsabilidade pela sua saúde. Fazer ioga e atividades similares pode fazer a diferença".

Obesidade

A obesidade resulta de uma acumulação excessiva de gordura corporal. A quantidade e a forma como esta gordura se distribui em cada pessoa contribuem para explicar os diversos problemas para a saúde, para a vida relacional e para a auto-estima que afligem os obesos.

Dos problemas psicológicos associados às alterações do biótipo e da imagem corporal, ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, ao agravamento de doenças crónicas, a uma maior vulnerabilidade às infecções- como se tem agora constatado com a pandemia de gripe A (H1N1) - a obesidade é responsável por um importante cortejo de ameaças à nossa saúde, em múltiplos domínios.
 
Todos estes problemas vêm afectando, de forma crescente, as diversas sociedades, aumentando as cargas de doença desde idades cada vez mais jovens e aumentando o consumo de recursos que são destinados às necessidades em saúde que daí decorrem.

Factores de risco


Embora exista uma importante predisposição familiar e genética, a obesidade apresenta também uma forte relação com os comportamentos.
Pode inventariar-se uma longa lista de factores que contribuem para o aparecimento da doença e para aumentar o risco do seu desenvolvimento.
 

Em última análise, a doença acaba por resultar do facto de se ingerirem mais calorias do que aquelas que o organismo utiliza ou necessita. Toda a ingestão que excede as necessidades do metabolismo basal e da actividade física desenvolvida ao longo do dia vai constituir-se como uma reserva adicional de gordura.

Existem problemas médicos e hormonais, como as doenças da tiróide ou o efeito de certos medicamentos, que podem provocar obesidade, mas que podem ser corrigidos, através do diagnóstico e tratamento atempado destas situações de base.
 
Por outro lado, o uso do tabaco tende a acelerar o metabolismo corporal, aumentando, por isso, o consumo energético e de calorias. A perda deste efeito na cessação tabágica explica a tendência para aumentar de peso sentida por muitos ex-fumadores.

Um padrão de vida agitado, com pouco sono e horários de refeições muito espaçadas e irregulares, favorece o aparecimento de alterações hormonais que contribuem para a acumulação de gordura. Favorece também a ingestão rápida de alimentos (por exemplo “fasf food”), que são muito ricos em calorias, mas pobres em resíduos, vitaminas e anti-oxidantes.
 
O sedentarismo, que caracteriza o trabalho sentado ao computador e o descanso frente à televisão no regresso a casa, reduz as necessidades de consumo calórico, não permitindo assim “queimar” as calorias que constituem uma refeição “normal”.

Há ainda factores sociais, económicos e de grupo que podem ser determinantes no desenvolvimento da obesidade. A necessidade de cumprir horários e utilizar tipos específicos de transporte; a inexistência de locais onde se possa realizar com segurança exercício físico; o desconhecimento do valor nutricional dos alimentos, e de como estes se podem cozinhar e utilizar; a dificuldade no acesso ou na aquisição de alguns tipos de refeições ou alimentos específicos; ou a ausência de incentivos por parte da família, amigos ou de grupos de relação para adoptar estilos de vida saudável, tudo são factores que podem contribuir para aumentar o risco de obesidade.

Há também uma relação importante com a idade. O envelhecimento diminuiu a massa muscular e as necessidades metabólicas, modifica o balanço hormonal - em especial nas mulheres - está muitas vezes associado a uma diminuição do grau de actividade.
 
Valorizar estas mudanças na fisiologia do organismo, ajustando a ingestão calórica em conformidade, é, por isso, o segredo para evitar a acumulação de massa gorda.

Sinais, sintomas e doenças associadas


A obesidade provoca desconforto físico e limita a função e o grau de atividade. Pode, em consequência disso, originar discriminação e um compromisso significativo da vida social e de relação. Não espanta, por isso, que esta condição afete a auto-estima e a saúde mental do obeso, condicionando vergonha, depressão, isolamento social e uma franca diminuição da qualidade de vida.
Os sinais de doença podem apresentar uma relação direta com o aumento de peso e a distribuição de gordura, condicionando alterações do biótipo e da imagem corporal.
 

A obesidade aumenta o risco de “apneia do sono”, uma perturbação grave que pode ainda manifestar-se pelo facto de o obeso ressonar com maior frequência e se apresentar cansado e sonolento durante o dia; o excesso de peso agrava as doenças dos ossos e das articulações, aumentando a dor e a limitação funcional; a pele quente e húmida aumenta a fragilidade cutânea e o risco de infecções; o obeso tem uma capacidade funcional muito limitada, manifestada na dificuldade respiratória que apresenta sempre que realiza um esforço, por pequeno que seja.

A obesidade aumenta a probabilidade de morte prematura e de doença cardiovascular.
 
A acumulação de gordura intra-abdominal apresenta neste contexto maior risco, sobretudo quando associada a uma combinação de outros factores, que podem incluir: resistência à insulina e diabetes mellitus; hipertensão arterial; hipertrigliceridemia; níveis baixos de colesterol HDL e hipertensão. Fala-se, neste caso, da denominada “síndrome metabólica”.

A obesidade pode ainda agravar doenças crónicas, constituir risco específico de complicações perioperatórias e aumentar a susceptibilidade a infecções.
 
Aumenta ainda o risco de gota, de doença hepática e das vias biliares e de um número significativo de cancros.
 
Pode condicionar problemas ginecológicos importantes e infertilidade.

Diagnóstico

O diagnóstico de obesidade faz-se pelo cálculo do denominado “índice de massa corporal” (IMC). O IMC é igual ao resultado obtido pela divisão de peso, em quilos, pelo quadrado da altura, em metros. O obeso apresenta um IMC > 30. A obesidade extrema, ou mórbida, associa-se a maior risco de complicações graves para a saúde e verifica-se quando o IMC > 40. O peso ideal de referência está compreendido entre o IMC de 18,5 e 25.


É ainda importante contextualizar o quadro de obesidade na história pessoal e familiar do indivíduo, despistando problemas médicos e caracterizando factores de risco associados. Deve, por isso, efetuar-se uma história clínica detalhada e um exame médico cuidadoso, aos quais se seguirá a realização dos testes necessários para complementar a avaliação médica realizada.

Tratamento

A obesidade é um problema de saúde pública à escala global, que afeta indivíduos em idades cada vez mais precoces, incluindo crianças e adolescentes. A sua prevalência nalguns dos países mais industrializados é, para os adultos, superior a 30%.


É, por isso, importante tratar esta entidade mas considerar o impacto extraordinário das estratégias de prevenção. Estas estratégias apresentam o duplo objectivo de evitar a doença e as suas complicações, mas também o de manter e consolidar os resultados do próprio tratamento.
 
É importante salientar que reduções modestas – por exemplo, uma redução de 5% do excesso de gordura acumulada – optimizam a qualidade de vida e condicionam efeitos significativos na melhoria e na prevenção das complicações associadas à obesidade.

O objectivo da terapêutica é o de reduzir o excesso de gordura, mantendo à distância um peso mais saudável. Para isso, é preciso elaborar, para cada caso, planos de atuação individualizados, que comprometam de forma inequívoca o doente numa alteração do seu estilo de vida, de forma a modificar, de forma sustentada, comportamentos, padrões alimentares e padrões de atividade física. A estas modificações do estilo de vida poderão, em casos particulares, associar-se, pontualmente, terapêuticas farmacológicas ou cirúrgicas específicas.

A história familiar, a predisposição genética e a presença de factores de risco aumentam a possibilidade de desenvolver obesidade, mas não são uma inevitabilidade.
 
É nas famílias em que existe mais risco que é mais importante modificar estilos de vida, aumentar de forma progressiva e cautelosa a atividade física e melhorar o padrão nutricional. É necessário reforçar a importância do pequeno-almoço, de espaçar corretamente as refeições e de conhecer o valor nutricional e calórico dos alimentos. Estes “pequenos gestos” permitirão dosear a qualidade e as porções dos alimentos que se comem e que se bebem em conformidade com os gastos energéticos.

Não há soluções imediatas para reduzir o peso e massa gorda. O peso deve perder-se de forma gradual (½ a 1 kg por semana) e a tolerância para aumentar de peso deve ser absolutamente zero. É, por isso, decisivo que o peso se monitorize de forma regular.

Atenção ao que se come após o exercício


O que comemos após a prática de exercício físico tem alguma influência sobre os seus benefícios do treino físico para a saúde? Sim, de acordo com um estudo da University of Michigan, nos EUA, publicado na semana passada no “Journal of Applied Physiology”.

É sempre uma tentação: após uma ida ao ginásio, começam a pairar nas nossas cabeças imagens de belos doces, grandes bifes com batatas fritas, entre muitas outras singelas iguarias. Mas será que uma refeição composta por um prato de massa com carne rematada por uma mousse de chocolate pode ser uma compensação saudável após o exercício?

Algumas dietas alimentares, tais como a Atkins, banem por completo os hidratos de carbono da alimentação, substituindo-os por proteínas, com o intuito de promover uma maior perda de peso, mas, como resultado, estas dietas já provocaram muitos casos documentados de graves situações de saúde.

O que o bom senso e os nutricionistas nos dizem é que todos os alimentos da roda alimentar devem estar presentes numa dieta equilibrada, porque eles são necessários para o bom funcionamento do organismo. Analisando a pirâmide alimentar, vemos que, por ordem decrescente de importância, aparecem em primeiro lugar os hidratos de carbono integrais (com baixo índice glicémico), como os pães escuros e o arroz integral, seguindo-se os legumes e as frutas, as leguminosas, os peixes e carnes magras e, por fim, os alimentos processados e a carne vermelha, que devem ser evitados o mais possível, rejeitando-se também todas as fontes de gorduras trans (hidrogenizadas).

De facto, este novo estudo vem reforçar mensagens antigas, mas acrescenta alguns dados que podem fazer a diferença para quem quer retirar o máximo proveito do exercício físico.

O estudo, liderado por Jeffrey F. Horowitz, mostra que uma refeição composta por alimentos com um baixo teor de hidratos de carbono após a prática de exercício aeróbico melhora a sensibilidade à insulina.

Uma maior sensibilidade à insulina significa que o corpo tem uma maior capacidade de processamento do açúcar e de armazenamento do mesmo nos músculos e noutros tecidos onde ele pode ser usado como combustível. Quando a sensibilidade à insulina está prejudicada, situação comummente designada por “resistência à insulina”, aumenta o risco de várias patologias, sendo as mais prevalentes a diabetes tipo 2 e as doenças cardíacas.
 
Neste estudo, foram analisados 9 homens sedentários mas saudáveis, com idades entre os 28 e os 30 anos, os quais foram comparados com um grupo de controlo. O trabalho incidiu sobre a análise dos efeitos de três refeições diferentes sobre o metabolismo, após 90 minutos de exercício moderado realizado na passadeira e na bicicleta ergométrica, tendo os resultados sido comparados com o do metabolismo em repouso. Os indivíduos jejuavam durante a noite antes de realizarem cada sessão de exercício, que acontecia logo pela manhã.

A primeira refeição oferecida aos voluntários respeitava os princípios de uma dieta equilibrada, com proteínas, hidratos de carbono e gordura, sendo que o total de calorias ingeridas correspondia aos gastos calóricos ocorridos na sessão de exercício. A segunda refeição proposta também era equivalente ao gasto calórico do exercício físico, mas continha cerca de 200 g de hidratos de carbono (menos de metade dos hidratos de carbono de uma refeição equilibrada). A terceira refeição apresentada aos participantes tinha menos calorias do que as “queimadas” durante o treino aeróbio (cerca de menos um terço do que as das outras duas refeições) e um teor relativamente alto de hidratos de carbono para repor os “açúcares” queimados durante o exercício.

Em todas as três refeições (após o exercício físico), os investigadores afirmam ter havido uma tendência para um aumento da sensibilidade à insulina. Mas, no caso dos participantes que comeram a refeição com menos hidratos de carbono, a sensibilidade à insulina foi ainda maior.

Embora a perda de peso seja importante para melhorar a saúde metabólica das pessoas com excesso de peso e obesidade, estes resultados sugerem não ser necessário passar fome para retirar ainda mais proveito da prática de exercício físico, bastando uma escolha inteligente dos alimentos que se consome e, claro, a prática de algum desporto.

Este estudo também reforçou um dado já verificado em estudos anteriores. Afirmam os cientistas que os benefícios para a saúde resultantes do exercício físico são obtidos da sessão realizada mais recentemente, caindo por terra anteriores teorias que afirmavam serem necessários meses e até anos de treino para que a prática de exercício fosse proveitosa.

"Muitas das melhorias para a saúde metabólica associadas ao exercício vêm, em grande parte, da sessão de exercício mais recente e não do 'fitness' per si", resumiu o investigador Jeffrey F. Horowitz numa nota enviada à imprensa, acrescentando, no entanto, que "o exercício é muito importante, mas também se deve ter em conta o que se ingere após o exercício."

Menopausa: alimentação e menopausa

Entre os 40 e os 50 anos o ciclo sexual feminino pode tornar-se irregular e algumas vezes sem ovulação, até que, após alguns meses ou anos cessa completamente. Esta fase durante a qual param os ciclos sexuais e as hormonas sexuais femininas diminuem com rapidez até que atingem quase o zero chama-se menopausa.

A menopausa supõem uma série de alterações fisiológicas bem evidentes produzidas pela falta de estrogéneos como as “faltas de ar” e “os calores”, a irritabilidade, a ansiedade com consequências físicas e psíquicas. Numa perspectiva nutricional convém destacar a tendência para engordar que existe na maior parte das mulheres nesta fase da vida e que se pode reflectir num aumento mínimo de 2 a 3 kg no seu peso habitual.

A distribuição de gordura no organismo sofre alterações e muitas mulheres referem um aumento de volume sobretudo na zona abdominal. Outro grande problema fisiológico com repercussões ao nível nutricional e que se manifesta nesta fase da vida pode ser a descalcificação óssea com perda de massa óssea e eventualmente o aparecimento da osteoporose e que nas mulheres é frequente aparecer logo de seguida à menopausa e que aumenta o risco de fracturas e outros transtornos esqueléticos.

Com a menopausa é frequente também notar-se um aumento da aterosclerose simultaneamente ao aparecimento ou agravamento de alguns dos seus factores de risco conhecidos e mais comuns como seja a diabetes, as dislipidémias, particularmente a hipercolesterolémia, hipertensão arterial,..etc.

Quase todos os problemas de índole nutricional que se podem verificar durante a menopausa podem ser prevenidos com grande eficácia por meio de uma alimentação saudável ao longo da vida. A alimentação durante a menopausa, quando não existem complicações metabólicas ou doenças associadas deve limitar-se a uma alimentação saudável em função de vários factores com a idade, estatura, clima e a actividade física.

O aporte energético deve adaptar-se à necessidade de cada mulher em função da actividade que esta desempenhe. Tendo em conta que segundo a FAO e OMS, a partir dos 40 anos as necessidades de energia diminuem cerca de 5% por cada década. Os hidratos de carbono (HC) devem manter-se numa proporção de 55 a 60% do Valor Calórico Total da dieta, dando preferência aos HC complexos, nomeadamente aos amidos.

A quantidade de gorduras da alimentação deve rondar os 30% do Valor Calórico Total, podendo a ultrapassagem deste limite reflectir-se num aumento de peso. É extremamente importante ter em conta a origem das gorduras limitando as gorduras de origem animal, mais associadas com a aterógenese e formação de ateromas preferindo gorduras de origem vegetal, em particular algumas ricas em ácidos gordos mono-insaturados como é o caso do azeite.

Ter também em atenção o tipo de utilização culinária a que estas gorduras são sujeitas já que muitas são altamente perecíveis às temperaturas elevados originando-se ácidos gordos anómalos (trans) que com a hidrogenação transformam por vezes gorduras aceitáveis em cru em produtos com potencial implicação na carcinogénese e na aterosclerose. Devem ser valorizados os ácidos gordos polinsaturados de cadeia longa da série n-3, existentes sobretudo nas gorduras dos peixes e que apresentam propriedades preventivas da aterosclerose e até de certos cancros, que parecem ser devidas à sua capacidade de modulação dos lipídios séricos.

O aporte de proteínas deve limitar-se a cumprir as recomendações internacionais, que se situam em aproximadamente 12 a 15% do Valor Calórico Total. O papel de alguns minerais é extremamente importante, em particular do cálcio que parece ser fundamental na prevenção da osteoporose.

As recomendações variam mas a grande maioria dos autores concorda que a ingestão de cálcio diária deveria andar próxima dos 1200 mg/d. A ingestão dos restantes minerais deve ser semelhantes em termos qualitativos e quantitativos ao que se passa com um adulto normal. A carência de ferro que por vezes se verifica na mulher durante a idade fértil, por ausência de menstruação nesta fase, tem tendência a reduzir-se.

As necessidades vitaminicas são muito semelhantes às de um adulto normal, sendo de lembrar sempre a necessidade de um aporte adequado de vitamina D para que se possa manter uma boa saúde óssea e um adequado metabolismo fosfo-cálcico. Como em todas as etapas da vida é fundamental manter uma boa hidratação do organismo. Com o avançar dos anos são mais frequentes determinados problemas e patologias diversas que muito se relacionam com o natural envelhecimento do organismo e em grande medida com alguns comportamentos alimentares menos saudáveis adoptados durante a sua vida.

Alguns destes problemas podem ser acelerados ou precipitados com a menopausa como seja a osteoporose ou problemas cardiovasculares. Neste período da vida começam a ser mais frequentes as situações de Hipertensão arterial, enfarte do miocárdio, obesidade e diabetes, sendo estas patologias situações que implicam alterações do ponto de vista alimentar e dietético. A redução da massa óssea é um factor etiológico essencial na génese da osteoporose.

Do ponto de vista fisiopatológico existem dois tipos de osteoporose: o tipo I ou osteoporose pós-menopausica, caracterizada por uma perda óssea sobretudo trabecular devida a uma carência de estrogénios que acontece na menopausa; a osteoporose do tipo II, que afecta ambos os sexos e que se manifesta numa idade mais avançada, existindo perda óssea tanto cortical como trabecular, o que pode produzir fracturas do fémur.

Pertencer ao sexo feminino constitui um factor de risco na etiologia da osteoporose. O crescimento mais rápido da massa óssea acontece sobretudo desde o início da puberdade até ao final da adolescência, sendo que cerca de metade da massa óssea é adquirida durante esta fase da vida. A fase de consolidação dessa massa dura até cerca dos 30 anos, sendo sobretudo nesta fase que a prevenção através de uma boa nutrição se pode revelar mais eficaz.

Um aporte suficiente de cálcio parece ser importante para adquirir uma boa massa óssea mas outros factores como a vitamina D e o fósforo são também críticos para o desenvolvimento e consolidação do tecido ósseo. Os últimos dados da literatura apontam valores entre 1200 e 1600 mg/d de cálcio como necessidades durante a adolescência e a fase de consolidação.

O capital ósseo adquirido durante a adolescência pode ser um excelente factor de protecção contra a osteoporose. O tratamento estrogénico da osteoporose pós-menopausica reduz a reabsorção óssea embora possa também apresentar alguma contra-indicações. Evidentemente que uma ingestão alimentar suficiente pode ser um factor importante embora não o único para prevenir e tratar a osteoporose.

Os produtos lácteos tornam-se alimentos indispensáveis pela sua riqueza em cálcio, mas sobretudo porque também apresentam uma boa quantidade de vitamina D e uma excelente relação entre o cálcio e o fósforo. A osteoporose parece ser mais frequente em indivíduos com deficiência de lactase devido a um baixo consumo de leite, sendo que alguns autores consideram importante a lactose para a absorção do cálcio e consequente optimização da sua biodisponibilidade.

Um bom aporte de cálcio no quadro de uma alimentação saudável é fundamental e para que a utilização do cálcio se não veja prejudicada é importante que não se abuse de fitatos e oxalatos que se podem encontrar em produtos integrais, cereais por exemplo, que formam precipitados com o cálcio impedindo a sua absorção; evitar consumo excessivo de proteínas que parece poder reduzir a absorção do cálcio;

Reduzir o consumo de tabaco e álcool e ingerir quantidades adequadas de vitamina D. É fundamental não esquecer que a densidade óssea depende de factores alimentares como o cálcio, a vitamina D e o fósforo entre outros mas também do exercício físico que deve complementar qualquer quadro de alimentação saudável.

Naturalmente que a menopausa é um momento de alterações fisiológicas e algumas vezes de mudanças a nível psicológico que podem eventualmente contribuir para aumento de peso e inclusivamente à instalação de uma obesidade que por seu turno pode ser causa de ansiedade em mulheres que se preocupam com o seu aspecto físico. Por outro lado, a obesidade é um factor de risco de diferentes patologias como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a hipertensão arterial, etc. Este facto confirma a necessidade de controlar o peso por intermédio de uma adequada intervenção dietética assim que o problema se torne mais evidente.

O tratamento da obesidade durante a menopausa deve revestir-se das mesmas características do tratamento de um adulto e poderia resumir-se em vários pontos:

- Redução do aporte energético até 40% da ingestão calórica habitual, mantendo o equilibro nutricional. - Assegurar aporte suficiente de cálcio, outros minerais e vitaminas.
- Ingerir água abundantemente a fim de manter uma boa diurese.
- Procurar obter uma perda de peso de aproximadamente 1 Kg por semana.
- Procurar um apoio psicológico caso seja necessário.

É frequente ver-se aumentar a tensão arterial durante o período da menopausa e as medidas do ponto de vista da alimentação consistem essencialmente no controlo do sódio na alimentação. É possível seguir uma alimentação equilibrada e saudável sem recorrer á utilização de sal de cozinha. É importante saber criar hábitos que no que diz respeito à utilização de condimentos que tornem os alimentos apetecíveis e compatíveis com um padrão alimentar atractivo e saudável. Alimentos classicamente salgados como a charcutaria, os enchidos e a utilização de elevadas quantidades de sal de adição devem ser comportamentos a evitar.

Com a idade e sobretudo no período pós-menopausico algumas mulheres experimentam aumentos da taxa de colesterol total e o HDL-C também pode diminuir, pelo que aumenta teoricamente o risco de enfarte do miocárdio. É sabido que o risco de enfarte do miocárdio na mulher pós-menopausa é semelhante ao do homem.

Por estas razões será necessário proceder a algumas alterações dietéticas, em função dos problemas da mulher:
- Diminuição do colesterol alimentar;
- Diminuição de gorduras saturadas e gorduras adulteradas pela confecção culinária;
- Aumento dos ácidos gordos polinsaturados omega-3;
- Aumento dos ácidos gordos mono-insaturados;
- Diminuição do peso se o doente apresenta excesso ponderal;
- Manter um aporte adequado de cálcio, através de produtos lácteos que devem ser com menor quantidade de gorduras mas não obrigatoriamente magro em todas as circunstâncias, podendo introduzir-se alguns frutos secos gordos.

Apesar de a menopausa ser uma etapa fisiológica do organismo feminino é óbvio que pode conduzir a uma série de transtornos que por vezes desencadeiam autênticas situações patológicas. Do ponto de vista da nutrição e alimentação pode afirmar-se que o fomento de uma alimentação saudável é o melhor factor de prevenção. De sublinhar a importância do cálcio desde muito cedo, sobretudo a partir da adolescência, durante também a gravidez e o período de amamentação.

Alergia a.. beijos

Beijo pode provocar alergia nos lábios de pessoas sensíveis a fármacos

Se pensa que a frase «sou alérgico a beijos» só serve para pôr a milhas os pretendentes com quem não quer nenhum contacto físico, está muito enganado. É que, segundo um estudo italiano, as pessoas com certos tipos de alergias podem mesmo reagir aos beijos dos companheiros.
 

A equipa de Gennaro Liccardi, médico do Hospital Cardarelli, em Nápoles, Itália, relatou uma história curiosa na edição de 11 de Maio da revista médica The Lancet. Liccardi refere ter atendido um casal que depois de uma noite de amor, a mulher desencadeou sintomas alérgicos, tais como comichão e inchaço na pele.
 

Depois da análise, os médicos conseguiram identificar o responsável disto tudo: o beijo. Ou seja, o marido estava a tomar um medicamento que provocou a reação alérgica na companheira e o veículo de transmissão foi mesmo o beijo.
 

Embora possa parecer um pouco exagerado, se é sensível a fármacos ou alimentos, o melhor mesmo é antes daquele beijo ardente perguntar ao seu namorado o que está a tomar ou até o que comeu ao jantar.
 

A equipa de especialistas observou que o contacto boca-a-boca pode causar uma reacção alérgica em pessoas sensíveis a certos alimentos, caso o parceiro os tenha consumido recentemente. Em teoria, os médicos já sabiam da probabilidade deste problema, mas, até ao momento, não conheciam nenhum relato de alergia a um fármaco induzida pelo beijo.
 

De acordo com os especialistas, há alguns anos, a mulher já tinha apresentado uma reação semelhante, depois de tomar o antibiótico bacampicilina. Desta última vez, foi o marido quem tomou o medicamento. Cerca de 30 minutos depois de fazerem amor, a mulher, relatam os médicos, desencadeou uma reação alérgica que lhe provocou comichão e inchaço nos lábios.

Ser solteiro pode encurtar a vida...

.tanto quanto fumar

 Ser solteiro ou solteira aos 30 anos, como no filme O Diário de Bridget Jones, pode reduzir a vida tanto quanto fumar, afirma um estudo publicado recentemente no Reino Unido.  A investigação, liderada pelo professor Andrew Oswald, da Universidade de Warwick, Inglaterra, indica que os solteiros tendem a ter um estilo de vida pouco saudável, que acaba por diminuir a esperança de vida. Como a personagem de Bridget Jones, interpretada pela actriz Renée Zellweger, as pessoas que não se casam bebem mais álcool porque saem mais com os amigos, comem muito e trabalham mais por falta de um companheiro. «O casamento mantém a pessoa viva e o efeito é consideravelmente grande», explicou o professor Oswald ao jornal britânico «The Independente on Sunday», ao destacar que os riscos de ser um solteiro podem ser «semelhantes aos de um fumador». O estudo baseou-se no acompanhamento de aproximadamente 10 mil adultos, com mais de 40 anos, durante a última década das suas vidas no Reino Unido. Dessas pessoas, 600 morreram durante o período da pesquisa. A partir daí, a equipa liderada por Oswall comparou os diferentes índices de mortalidade dos homens e mulheres que eram casados, solteiros, divorciados ou viúvos. Os especialistas descobriram que, no início do estudo, os homens que nunca tinham casado, os separados e os divorciados tinham mais 10 por cento de probabilidades em morrer nos oito anos seguintes. Sobre as mulheres solteiras, separadas ou divorciadas, os cientistas chegaram à conclusão que elas também tinham mais 4,8 por cento de probabilidades de morrer que as casadas, contra os cinco por cento atribuídos normalmente aos fumadores. Sobre o estudo, Virginia Ironside, responsável pela secção sentimental do Independente, disse que «a infelicidade é o que faz as pessoas morrerem prematuramente». Em declarações ao mesmo jornal, Gaynor Critchley, modelo londrina de 32 anos que viaja muito por motivos profissionais e diz não ter tempo para um namorado, disse que se encontrasse um amor, levaria um estilo de vida mais tranquilo. No entanto, destacou a modelo, antes viver «só do que mal acompanhada». 

Casados são mais saudáveis

Dizem os divorciados, ou separados, que a pior coisa que alguma vez fizeram na vida foi casar. Estas expressões, no entanto, não são mais do que simples desabafos quando os problemas conjugais se instalam e não têm soluções pacíficas.
 

Um estudo recente vem comprovar que afinal estas afirmações não têm fundamento. As pessoas casadas, de maneira geral, parecem ser mais saudáveis do que os solteiros. Mas quando o casamento acaba, a diferença de saúde tende a desaparecer. E são precisamente os divorciados ou separados que apresentam uma das maiores taxas de doenças.
 

Esta teoria foi recentemente apresentada na edição de Maio da revista canadense «Journal of Marriage and Family». Segundo o estudo, os casais que moram juntos também apresentam uma diminuição na qualidade da saúde após a separação.
 

Zheng Wu, da Universidade de Victória, em British Columbia, Canadá, explicou os resultados à agência Reuters: «A separação, quer seja deixar de morar em conjunto, como um divórcio, tende a ter um efeito prejudicial à saúde».
 

Mas quais serão as razões que conduzem a um declínio tão acentuado da saúde física e mental? Para a equipa de investigadores, uma das teorias que pode explicar a razão pela qual as pessoas casadas são mais saudáveis que as solteiras tem a ver com simples facto de as pessoas que decidem dar o nó serem já pessoas mais saudáveis a todos os níveis. A segunda teoria apresentada pela equipa denomina-se «hipótese de protecção do casamento». Ou seja, segundo os cientistas, os casais melhoram a saúde mental e física ao dar outro apoio mútuo social e financeiro, mas também ao preocupar-se com o comportamento de saúde de cada um.
 

Estes «efeitos protectores» podem explicar, em grande parte, as razões pelas quais os casais não apresentam grandes problemas de saúde, comparados com os que decidem ficar solteiros, ou, com os terminam as uniões.
 
As conclusões do estudo também indicam que o facto de morar junto ou ser casado são termos semelhantes em relação aos benefícios para a saúde.
 

"Embora tenha havido algumas diferenças entre uniões conjugais e não-conjugais, a investigação indica que, em relação aos resultados de saúde, as duas são muito parecidas", apontou Wu, que elaborou o estudo em conjunto com o investigador Randy Hart.
 

Wu explicou ainda a diferença de comportamentos socias: «O facto de morar junto ou ser casado também revela que partilhar o mesmo espaço sem ter contraído matrimónio transformou-se numa forma viável de viver em família.»
 

Wu e Randy Hart chegaram a esses resultados a partir de pesquisas nacionais sobre saúde física e mental e condição de relacionamento, conduzidas pela Statistics Canada, com intervalos de dois anos. A pesquisa iniciou-se na década de 1990 e contou com 9 775 participantes, entre as faixas etárias dos 20 aos 64 anos.
 

Com base nos dados estatísticos, a equipa liderada por Wu tentou entender qual a relação entre vida conjugal (casamento ou uniões de facto) e os benefícios para a saúde mental e física dos cônjuges.
 

Na realidade, a equipa ficou surpreendida, ao verificar que tanto homens como mulheres tendiam a relatar uma diminuição na saúde física ou mental após terem deixado de morar junto ou terminar um casamento.