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sábado, 12 de março de 2016

O poder da música no amor


A ligação entre músicas agressivas e comportamentos destrutivos já tem sido descrita por vários estudos científicos. Mas terá a música poder para influenciar a conduta amorosa? Um estudo publicado este mês na revista “Psychology of Music” traz dados curiosos sobre o tema.

Alguns estudos da área da psicologia indicam que os adolescentes que preferem o género musical heavy metal são mais vulneráveis a cometer suicídio, induzidos pelo teor das letras que, em muitos temas, focam os sentimentos de tristeza e perda de razão de viver, apontando-lhes a solução de colocar fim à vida como meio de atingir a libertação.

Também um estudo encomendado pela organização britânica DriveSafe, em que foram entrevistados centenas de condutores, chegou à conclusão de que a música pode influenciar a condução. Do total de entrevistados, 65% confirmou sentir essa influência. E a mesma percentagem terá afirmado que certos tipos de música que ouviam lhes alteravam (para pior) o comportamento enquanto conduziam.

Sabendo, à partida, desta relação entre a música com letras agressivas e um comportamento hostil, cientistas franceses quiseram comprovar se o contrário também poderia ocorrer: ou seja, se ouvir músicas românticas potenciava pensamentos e sentimentos de amor.

Neste trabalho, conduzido por Nicolas Guéguen e Céline Jacob, da Universidade da Bretanha-Sul, em conjunto com Lubomir Lamy, da Universidade de Paris-Sul, foram testadas mulheres com idade entre os 18 e os 20 anos.

As raparigas foram convocadas para participar numa pesquisa de mercado destinada a dar a opinião sobre dois produtos alimentares diferentes, por isso, nada sabiam das intenções dos cientistas em testar o quanto elas eram vulneráveis à música. À chegada, as voluntárias foram divididas em dois grupos: um ficou numa sala de espera enquanto ouvia a balada romântica “Je L’aime a Mourir”, do francês Francis Cabrel; as outras mulheres ficaram noutra sala, onde ouviam uma música considerada pelos investigadores como “neutra” (que não apelava ao sentimento amoroso), intitulada “L’heure du The”, do cantor Vincent Delerm.

Passados cinco minutos, as mulheres eram convidadas a entrar para uma sala onde discutiam as diferenças entre duas marcas de bolachas com um entrevistador de 20 anos, descrito como um rapaz “normal”, ou seja, nem especialmente bonito nem feio.

No final da avaliação dos produtos alimentares, o rapaz insinuava-se às raparigas, com o seguinte discurso: “O meu nome é Antoine, como já lhe disse… Gostei muito de si e estava a pensar pedir-lhe o seu número de telefone para lhe ligar e irmos beber um copo para a semana”.

Curiosamente, só 28% das raparigas que ouviram a música “neutra” lhe deu o número de telefone, contra quase o dobro, 52%, das que tinham ouvido a música romântica.
 
De facto, este estudo põe completamente em questão a ideia passada por outras investigações que se focaram apenas na violência gerada pela música. “Os nossos resultados confirmam que os efeitos da exposição ao conteúdo dos media não se limitam à violência e que podem ter o potencial de influenciar um grande espectro de comportamentos” disse Guéguen, em comunicado enviado à imprensa.

Ao certo, os cientistas ainda não conhecem os mecanismos precisos que levam a música a provocar a tal maior receptividade ao amor, mas suspeitam que seja pelo facto de conseguir afectar a experiência do sentimento ou emoção e, assim, tornar as pessoas mais abertas ao amor.

Num estudo recente, em que os investigadores franceses Guéguen e Jacob tinham participado, foi testado como a música poderia influenciar as vendas numa loja de flores. A conclusão a que chegaram foi que, quando expostos às baladas românticas, os homens gastavam mais dinheiro na compra de flores: outro sinal de que as provas de amor podem mesmo ser instigadas pela música.

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