Passageiros que estavam a bordo do voo 870 da Alaska Airlines tiveram uma visão inesquecível. A mais de 10 mil metros de altura, eles flagraram um eclipse solar total da janela da aeronave na última terça (8). O fenômeno foi registrado em um vídeo divulgado pela própria companhia.
Não pense, contudo, que os passageiros a bordo do avião tiveram apenas sorte. Muitos, na maioria astrônomos e "caçadores de eclipses", compraram um lugar no voo exatamente por causa do fenômeno. Isso porque a companhia programou o trajeto da aeronave exatamente para passar por um dos pontos onde o eclipse solar seria observado.
Tudo começou por causa de uma ligação de Joe Rao, um astrônomo do planetário Hayden, do Museu Norte-Americano de História Natural. Cerca de um ano atrás, o cientista percebeu que o voo em questão interceptaria o caminho do eclipse solar total já descoberto para esta data. Havia só um problema: a partida da aeronave estava programada 25 minutos antes do necessário para que os passageiros pudessem flagrar o fenômeno.
Voo atrasado de propósito
O astrônomo não desistiu. Como quem não quer nada, Rao ligou para a Alaska Airlines e perguntou se poderiam atrasar o voo. A tentativa deu certo, e a companhia mudou o horário para que os passageiros pudessem apreciar o espetáculo. Joe Rao estava no assento 32F e viu de "camarote" o incrível momento da passagem do eclipse solar pela Terra.
De fato, a notícia de que o avião seria um bom observatório correu a comunidade científica e muitos dos passageiros do voo eram astrônomos. A maioria, claro, reservou o assento da janela.
A aeronave partiu de Anchorage, no Alasca, às 14h (horário local), com destino a Honolulu, no Havaí. O eclipse foi interceptado a mais de 10 mil metros de altura, ao norte da ilha norte-americana. No vídeo, é possível observar toda a trajetória do fenômeno, do início ao fim, sobre a Terra.
Não imagine que os "caçadores de eclipse" pararão por aí: eles já fazem planos para o próximo grande evento do tipo. Em 21 agosto de 2017, um eclipse está programado para todo os Estados Unidos, algo que não ocorre desde 1918.
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